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Técnico em Agrimensura, Licenciado em Química Pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia(UESB), especializado em Ensino de Química pela UnB-Brasília, Especializado em Metodologia do ensino Superior pela FACE-Valença-BA e Mestre em Química Analítica pela UESB. É professor de Química e Matemática na rede estadual e particular na cidade de Jaguaquara no Estado da Bahia.

sábado, 26 de março de 2011

História da Tabela Periódica


Um pré-requisito necessário para construção da tabela periódica, foi a descoberta individual dos elementos químicos. Embora os elementos, tais como ouro (Au), prata (Ag), estanho (Sn), cobre (Cu), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg) fossem conhecidos desde a antiguidade. A primeira descoberta científica de um elemento, ocorreu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo.
Durante os duzentos anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e seus compostos, foram adquiridos pelos químicos. Com o aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação.
A primeira classificação, foi a divisão dos elementos em metais e não-metais. Isso possibilitou a antecipação das propriedades de outros elementos, determinando assim, se seriam ou não metálicos.

As primeiras tentativas

A lista de elementos químicos, que tinham suas massas atômicas conhecidas, foi preparada por John Dalton no início do século XIX. Muitas das massas atômicas adotadas por Dalton, estavam longe dos valores atuais, devido a ocorrência de erros na tabela. Os erros foram corrigidos por outros cientistas, e o desenvolvimento de tabelas dos elementos e suas massas atômicas, centralizaram o estudo sistemático da química.
Os elementos não estavam listados em qualquer arranjo ou modelo periódico, mas simplesmente ordenados em ordem crescente de massa atômica, cada um com suas propriedades e seus compostos.
Os químicos, ao estudar essa lista, concluíram que ela não estava muito clara. Os elementos cloro, bromo e iodo, que tinham propriedades químicas semelhantes, tinham suas massas atômicas muito separadas.
Em 1829, Johann W. Döbereiner teve a primeira ideia, com sucesso parcial, de agrupar os elementos em três - ou tríades. Essas tríades também estavam separadas pelas massas atômicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes. A massa atômica do elemento central da tríade, era supostamente a média das massas atômicas do primeiro e terceiro membros. Lamentavelmente, muitos dos metais não podiam ser agrupados em tríades. Os elementos cloro, bromo e iodo eram uma tríade,lítio,sódio e potássio formavam outra.

A segunda tentativa

O segundo modelo foi sugerido em 1864 por John A.R. Newlands(professor de química no City College em Londres). Sugerindo que os elementos poderiam ser arranjados comparativamente a uma escala musical. Como em uma escala musical, existe uma repetição das notas a cada oitava, os elementos químicos teriam uma repetição periódica.
Este modelo colocou o elemento lítio, sódio e potássio juntos. Esquecendo o grupo dos elementos cloro, bromo e iodo, e os metais comuns como o ferro e o cobre. A ideia de Newlands foi ridicularizada pela analogia com os sete intervalos da escala musical. A Chemical Society recusou a publicação do seu trabalho periódico (Journal of the Chemical Society).
Nenhuma regra numérica foi encontrada para que se pudesse organizar completamente os elementos químicos numa forma consistente, com as propriedades químicas e suas massas atômicas. A base teórica na qual os elementos químicos estão arranjados atualmente - número atômico e teoria quântica - era desconhecida naquela época e permaneceu assim por várias décadas. A organização da tabela periódica, foi desenvolvida não teoricamente, mas com base na observação química de seus compostos, por Dmitri Mendeleiev.

A tabela periódica, segundo Mendeleev

Dimitri Mendeleev (1834 – 1907) nasceu em Tobolsk, na Rússia, sendo o mais novo de dezessete irmãos. Mendeleiev formou-se em química na Universidade de São Petersburgo, trabalhou na Alemanha, França e nos Estados Unidos. Escreveu um livro de química orgânica em 1861.
Em 1869, enquanto escrevia seu livro de química inorgânica, organizou os elementos na forma da tabela periódica atual, paralelamente a Mendeleev, o alemão Lothar Meyer também desenvolvia um trabalho semelhante em seu país. Mendeleiev criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atômica e suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas em uma mesa, organizou-as em ordem crescente de suas massas atômicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes. Formou-se então a tabela periódica.
A vantagem da tabela periódica de Mendeleev sobre as outras é que esta exibia semelhanças, não apenas em pequenos conjuntos, como as tríades. Mostravam semelhanças numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal. A partir deste fator, Mendeleev conseguiu prever algumas propriedades (pontos de fusão e ebulição, densidade, dureza, retículo cristalino, óxidos, cloretos) de elementos químicos que ainda não haviam sido descobertos em sua época. Devido a esta previsibilidade, o trabalho de Mendeleev foi amplamente aceito, sendo assim considerado o pai da tabela periódica atual, mas de maneira justa, tanto ele quanto o seu correlato alemão, Meyer, são os verdadeiros pais da atual classificação periódica.

A descoberta do número atômico

Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley descobriu que o número de prótons no núcleo de um determinado átomo era sempre o mesmo. Moseley usou essa idéia para o número atômico de cada átomo. Quando os átomos foram arranjados de acordo com o aumento do número atômico, os problemas existentes na tabela de Mendeleyev desapareceram. Devido ao trabalho de Moseley, a tabela periódica moderna esta baseada no número atômico dos elementos.
A tabela atual difere bastante da de Mendeleiev. Com o passar do tempo, os químicos foram melhorando a tabela periódica moderna, aplicando novos dados, como as descobertas de novos elementos ou um número mais preciso na massa atômica, e rearranjando os existentes, sempre em função dos conceitos originais.

As últimas modificações

O último elemento que ocorre na natureza a ser descoberto, em 1925, foi o rénio. Desde então, os novos elementos que entraram para a tabela periódica foram produzidos pelos cientistas, através da fusão de átomos de diferentes substâncias.
A última maior troca na tabela, resultou do trabalho de Glenn Seaborg, na década de 50. À partir da descoberta do plutônio em 1940, Seaborg descobriu todos os elementos transurânicos (do número atômico 94 até 102). Reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actnídeos abaixo da série dos lantanídios.
Em 1951, Seaborg recebeu o Prêmio Nobel em química, pelo seu trabalho. O elemento 106 tabela periódica é chamado seabórgio, em sua homenagem.
O sistema de numeração dos grupos da tabela periódica, usados atualmente, são recomendados pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). A numeração é feita em algarismos arábicos de 1 a 18, começando a numeração da esquerda para a direita, sendo o grupo 1, o dos metais alcalinos e o 18, o dos gases nobres.
A história da tabela periódica é tambem uma história da descoberta dos elementos químicos. A IUPAC[1] sugere cinco "principais períodos de descobertas": Roberto Zaidan

• Antes de 1800 (36 elementos): descobertas da antiguidade, da Alquimia e dos primordios da Quimica (descoberta do oxigenio).
• 1800-1849 (+22 elementos): impulso das revoluções científica (Química como ciência) e Industrial.
• 1850-1899 (+27 elementos): época da classificação dos elementos e impulso da espectroscopia.
• 1900-1949 (+13 elementos): impulso das teorias quânticas.
• 1950-1999 (+15 elementos): época da bomba atômica e da Física de partículas.

Notas e referencias
http://old.iupac.org/reports/periodic_table/index.html

segunda-feira, 21 de março de 2011

Determinação de pH em solo


Balança analítica.


Substâncias com indicadores e pHmetro.






Preparação do pHmetro para medida de pH nas soluções de solo.

Preparo da solução de CaCl2 0,01 mol/L

Coleta de amostras de solo em área de cultivo do Colégio Estadual Pio XII







domingo, 20 de março de 2011

FORUM 3º ANO - CTE

CINÉTICA QUÍMICA
As velocidades de reação dependem, em geral das várias espécies presentes na mistura reagente. Estas incluem, geralmente, um ou mais reagentes, podendo incluir também os produtos ou outras substâncias. A equação de velocidade expressa a natureza da proporcionalidade entre a velocidade e estas concentrações. A ordem de uma reação é a soma dos expoentes das concentrações que aparecem na equação de velocidade. A equação de velocidade de uma reação global não pode ser deduzida da equação das reações simplificadas, mas tem de ser obtida a partir de dados experimentais.
O mecanismo de uma reação consiste, em geral, em uma série de etapas individuais denominadas processos elementares. a molecularidade de um processo elementar é o número de moléculas reagentes que colidem na etapa em questão; a molecularidade pode ser igual a um, doi ou, ocasionalmente três.
Um intermediário é uma espécie formada em uma etapa e consumida numa etapa subsequente do mecanismo de reação.
A energia de ativação de uma reaçãoé importante, pois determina a influência da temperatura na velocidade. É a energia mínima que as moléculas reagentes, que colidem, devem ter para a formação dos produtos. a grandeza da energia de ativação pode ser determinada a partir da curva de Arrhenius.
Um processo elementar pode ser interpretado com base na teoria das colisões, de acordo com a qual a velocidade de um processo elementar depende: (1) do número de colisões de moléculas reagentes por segundo; (2) da fração de moléculas que possues energia pelo menos igual à energia de ativação, que é a energia necessária para o rearranjo " bem-sucedido" das ligações; e (3) da fração das colisões com orientação geométrica favorável para a formação dos produtos.
Uma teoria alternativa, a teoria do estado de transição, focaliza a maneira pela qual os átomos se rearranjam e a sequência das variações de energia potencial que ocorrem durante o processo elementar. De acordo com esta teoria, quando as partículas colidem têm energia igual ou maior do que a energia de ativação, e das colisões resulta o complexo ativado, que é um agregado instável e temporário de átomos, fracamente ligados. O complexo ativado pode se decompor nos reagentes ou nos produtos. O caminho de um processo elementar pode ser acompanhado colocando-se num gráfico a energia potencial do sistema e sua transformação de reagentes para o complexo ativado, e deste em produtos.
Um mecanismo de reação deve ser consistente com a estequiometria da equação global balanceada e com a equação de velocidade experimental. Muitas reações ocorrem por meio de uma sequência de etapas, uma das quais é mais lenta do que ao outras, Esta etapa, a etapa determinante de velocidade, atua como um grande gargalo e limita a velocidade de processo global.
O catalisador aumenta a velocidade da reação fornecendo um mecanismo alternativo com baixas energias de ativação. O catalisador não é consumido na reação e, embora reaja numa etapa, é regenerado em outra etapa posterior. Os catalisadores heterogêneos são superfícies com sítios ativos que transformam as moléculas em espécies mais reativas.
RUSSEL, J. B.; Química Geral; 2ª edição; vol.2; Editora McGraw-Hill Ltda; São Paulo; 1994.
QUESTÕES:
1- O que é complexo ativado? Quais são os dois modos pelos quais o complexo ativado pode se decompor?
2-Explique por que o catalisador não aparece na equação de velociade de uma reação catalisada.
3-Alguams reações são chamadas autocatalíticas. Sugira um significado para este termo. Qual seria o aspecto geral da equação de velocidade de uma reação autocatalitica?
4-Por que é necessário acender uma vela para queimá-la? Após estar acesa, por que continua queimando?

domingo, 13 de março de 2011

A Química perto de você!



A Química perto de você é mais um material disponibilizado pela SBQ (Sociedade brasileira de Química) em comemoração ao Ano Internacional da Química, com experimentos simples de serem realizados. Para baixar acessem o site

Neste site há não só este livro como muitos outros. Para os estudantes do Curso Técnico de agroindústria, recomento o livro A Química dos alimentos, que se encontra no link Química do cotidiano.

quarta-feira, 9 de março de 2011